de volta ao retrô


quando escrevo,
transcrevo um filme que passa
na minha cabeça
como uma sessão de cinema pornô de madrugada
ou um filme ruim, sem enredo
propriamente dito
um roteiro surreal
e não-linear
e é daí que vem a minha loucura
toda a minha doçura
eu escrevo com o sangue
que jorra das veias dos suicidas
e dos loucos
eu escrevo com a agonia
da insônia e da perversidade
é onde crio o esboço do exoesqueleto
do meu caos